História das Danças de Salão

Antes de ser técnica e arte, dançar é uma forma de se comunicar com o outro, uma comunicação não verbal com a qual o corpo tenta expressar sentimentos, vontades e anseios através do movimento. O homem começou a dançar muito antes de usar a palavra, por meio de movimentos feitos no ritmo natural de suas emoções. Os primeiros vestígios da origem da dança foram encontrados em cavernas que datam da pré-história, nas pinturas e esculturas rupestres gravadas em suas paredes.
A dança é uma das artes que mais deixou marcas significativas ao longo da história. Desde a aurora da humanidade, o homem dança para expressar seus sentimentos e emoções. De início, as danças eram individuais e se relacionavam à conquista amorosa. Num segundo momento, também na origem da civilização, surgiram as danças coletivas, que eram dirigidas às forças superiores ou aos espíritos, visando o êxito em expedições guerreiras ou de caça, solicitando bom tempo ou chuva ou ainda em retribuição aos deuses pelo que se conseguiu.
Sob as influências dos acontecimentos de cada época, com o passar do tempo as formas de expressão da dança foram se transformando. Hoje, a dança é percebida por seu valor em si, como arte, muito mais do que apenas como expressão de emoções.
A dança como atividade social – praticada então pela aristocracia e pela nobreza – surgiu na Itália, durante a Idade Média e o Renascimento, a partir do século XV. Foi nessa época que apareceram os primeiros professores de dança e de etiqueta, que tinham como função assegurar aos jovens nobres o domínio das formas refinadas de comportamento, de modo a serem aceitos em seus grupos sociais.

Alguns séculos depois, agora no século XIX, a dança já fazia parte das reuniões da nobreza. Em seus salões, as danças de salão – então denominadas genericamente como danças sociais – passaram a ser executadas aos pares, em bailes ou em encontros dos nobres, deixando de ser considerada como atividade de velho e fora de moda. Assim, a dança de salão passou a fazer parte da educação da aristocracia da época, enquanto a classe pobre praticava as danças folclóricas.
Em pleno século XXI, a dança de salão engloba hoje uma diversidade de ritmos, com uma variedade de andamentos que atende tanto às necessidades dos mais jovens, como também aos anseios de uma população que almeja uma vida plena e feliz, como é o caso da que se convencionou denominar de Terceira Idade.

Por Rubens Pantano Filho em:

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